30 de abril de 2008

o grande sedutor

Já disse aqui que o meu amigo Rogério dedica uma parte do seu tempo a ser "aquele" amigo. Fá-lo com charme, com sabedoria, com ternura, com entrega. Já lhe perguntei se devo agradecer tamanha disponibilidade, não sei se estas coisas se agradecem.
O Rogério lamenta não ser capaz de boas parábolas, tal monge budista, daquelas que a gente copia para um caderno ou escreve como mensagem de boas vindas no telemóvel, ou como fundo de écran no computador, daquelas que resumem todo um pensamento ou até uma solução.
No entanto, disse-me uma frase cheia de saber, provavelmente uma frase que eu não esperaria ouvir de um homem, que entre eles e nós, as diferenças vão além de saber quem carrega as malas ou de quem dispõe as flores na jarra.
Disse-me "O grande sedutor deve ser aquele que se antecipa e distribui, preventivamente, provas de amor." Não sei se ele sabe, mas esta é mesmo uma solução. Porque há coisas que, independentemente do seu valor intrínseco, perdem ou ganham mais dependendo de virem a pedido ou por iniciativa própria.
E este terreno, o das provas de amor, é cheio de armadilhas, temos que trilhá-lo com pézinhos de lã.