2 de abril de 2008

interlúdio

(Já cantei hoje. Muito. Com a minha filha. Que o dia foi de sol e de calor. Agora a casa parece sossegada e eu desperto para outra noite. Ouço Smetana no volume máximo com auscultadores nos ouvidos, leio Joaquim Pessoa e poemas que me escreveram que guardei dentro desse livro. Ama-me quem me conhece de longe, não quem me vê de perto. Não faz mal. As palavras são "amigas que não partem e ficando resistem à memória". Não faz mal. Também não faz mal se chorar um bocadinho. Ninguém vê e dizem que lava a alma. De lápis na mão vou copiando os versos que depois de outras, me fazem a mim feliz. Da felicidade possível, que o tempo não está para graças. Também bebo, mas pouco agora. De resto, tanto faz. Só os sentidos são meus. Tanto faz.)

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