2 de abril de 2008

ridículas cartas de amor

Está decidido: no dia em que eu tiver quem me ame assim, serei uma mulher feliz.


Num deserto sem água
Numa noite sem lua
Num país sem nome
Ou numa terra nua

Por maior que seja o desespero
Nenhuma ausência é mais funda do que a tua.


(Sophia)

Ou assim.

E o nosso amor perdeu-se nos sonhos
E a nossa vontade perdeu-se pelos vãos
Mas eu nunca me esqueci dos teus sonhos
E tu nunca perdeste as minhas mãos

Sejas rosa, margarida ou mal-me-quer
Púrpura, carmim ou sangue-esmalte
Serás sempre aquele sonho de mulher
Que desejo nas minhas noites nunca falte

(do Bart para a Rosa)

Ou assim.

Deixa-me soltar estas palavras amarradas
Para escrever com sangue o nome que inventei.
Romper. Ganhar a voz duma assentada.
Dizer de ti as coisas que eu não sei.
Amor. Amor. Amor. Amor de tudo ou nada.
Amor-verdade. Amor-cidade.
Amor-combate. Amor-abril.
Este amor de liberdade.

(Joaquim Pessoa)

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