30 de abril de 2008

o trigo e o joio

Nem todas as pessoas que se dizem nossas amigas o são, de facto. Isto toda a gente sabe, até a minha filha, que eu já lhe ensinei. Mas estes ensinamentos não passam de teoria, também toda a gente sabe.
Dos amigos que se dizem amigos, a gente espera sinceridade, franqueza, ora bolas!, amizade, não é? A gente não espera que nos indiquem caminhos que tanto eles como nós sabemos que não são os que nos levam onde queremos ir. A gente não espera que tenham inveja nem ciúmes de nós. E que esses sentimentos os façam ser falsos por detrás do sorriso.
Dos amigos esperamos que sejam despojados de interesse, ou que o interesse deles não interfira com o nosso, de tal modo que nenhum se concretizará.
Esperamos que quando nos perguntam como estamos, não seja para comprovar outras respostas, que as perguntas não tenham rasteira, que não queiram saber o que nos magoa para aproveitar e espetar aí mais uma farpa.
Mas nem todas as pessoas que se dizem nossas amigas o são, de facto. Repito, nem todas as pessoas que se dizem nossas amigas o são, de facto. Pelo que a responsabilidade primeira é nossa.

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