4 de abril de 2008

bem, muito obrigada

A facilidade com que a gente se habitua ao pouco... não é fantástico?
Se nós tivermos muita fome, é difícil, passa-se um mau bocado, não se pensa noutra coisa, mas às tantas, é como se o estômago se habituasse a estar vazio, ou como se o cérebro se habituasse a essa nova condição, e depois já as entranhas se agoniam só de pensar em comer seja o que for.
Passa-se o mesmo nas nossas relações com as pessoas. Esperamos muito, passamos um mau bocado quando não temos o que queríamos ou que precisávamos, mas às tantas habituamo-nos, e estar-se vazio, ou não se estar de alma saciada, passa a ser um estado normal.
É nesse momento que sossegamos, enfiamos angústias no bolso, levantamos a cabeça, sacudimos o cabelo e sorrimos ao dia de sol, celebrando-o como um poema e, encolhendo os ombros, continuamos o caminho no nosso passo certo e firme, que o que não tem remédio, remediado está.
Haja saúde e cervejas no frigorífico.

1 comentário:

Anónimo disse...

Não sabia que era assim tão pouco, o que não se aprende a ler-te!