10 de abril de 2008

des mots perdues

Hoje estive duas horas certinhas ao telefone com a minha amiga Alice que me ligou da cidade-luz. Duas horas de conversa de sofá, amores, desamores, doenças, trabalho, pais, receitas, episódios, sexo e os homens com quem o fazemos, a idade que não pára, os filhos que se tiveram e os que não se tiveram, eu a lembrar-lhe que votou no Chirac, ela a desvalorizar isso, os encontros breves, as relações com mais tempo, a cunhada árabe, o engatador paquistanês, o amigo brasileiro, o príncipe encantado sem nacionalidade, os blogs ocultos, as vidas paralelas, os dilemas, as psicólogas, conversa de sofá como a que nos deixa sempre às duas a falar até de manhã, mesmo até depois de o sol nascer, com a mesa posta e os pratos sujos
Duas horas depois de termos dito olá, estávamos ambas mais sorridentes, mais optimistas, mais à vontade com a vida. Marcámos datas para as visitas e desligámos com um beijo.

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