12 de março de 2008

o amor é...


Não sei bem o que é o amor, hoje. Como outros (pre)conceitos, vê a sua essência, os seus passos, a sua própria legitimidade alterados em cada novo dia.
É compromisso ou nem por isso? Cedência ou fidelidade a princípios? Jura eterna ou amanhã logo se vê? Tolerância ou caderninho para apontar falhas? Um pedido de desculpa ou um finca-pé a justificar o que se fez? Um telefonema tardio ou uma sms apressada? Um ramo de flores ou não lembrar datas? Projectos para cada um ou feitos para os dois? Certezas, ainda que relativas, de que amanhã ainda será? Poemas e pôr-do-sol?
É mais ou menos como certos negócios, quem se meteu neles em bom tempo, é que se safou e hoje está bem.

1 comentário:

Anónimo disse...

Se calhar, e antes de mais, é o que dele fizermos, o que arriscarmos e investirmos, sem apriorismos nem outras certezas duvidosamente certas.

Exactamente como nos negócios, há sempre uma nova oportunidade, se não, tinhamo-nos ficado pelo fogo ou, quanto muito, pela roda.Se ela frutifica ou não, depende da acidez dos solos, da água e do alimento, da amenidade ou inclemência do clima, do esforço dispendido, do gosto em ver crescer, da paciente aplicação das melhores técnicas e de muito bom senso.

O amor pode ser tudo o que disseste, mas no fundo, no fundo, somos nós que lhe damos a sua forma final,ditada pela nossa vontade, ou, a contrario sensu, vergada pelos nossos medos.