17 de março de 2008

ai, saudade

Quem não se lembra do "Portugal no coração" cantada pelos Amigos, no Festival da Canção de 1977? Pois, se calhar muita gente. Não importa. Estive a ouvir agora essa. Quem se lembra há-de ter presente o Paulo de Carvalho a despedir-se da saudade mudando, nessa palavra, a toada da canção para fado.
Tanto o fado como a saudade, nos anos logo-logo a seguir ao 25 de Abril tinham esta conotação maldita com o senhor das botas.
Eu, se calhar, mas só se calhar, sou, afinal de contas, um bocadinho de nada reaccionária. Não é por mais nada, é apenas porque sou saudosista até chatear. Gosto do regresso a um certo passado, sei lá, se calhar como forma de ilusão de que houve coisas que valeram a pena, que não se perderam, que é como quem diz, uma forma de acreditar que a liberdade não está comprometida.

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