7 de maio de 2008

[sem assunto]

Acepipes, galhardetes, lamechas e cusquice. São estas as palavras que o Rogério classificou como novas/antigas. Obviamente temos de levar em conta as diferenças entre o português de cá e o de lá, do outro lado do mar.
Na verdade, habituamo-nos a ficar limitados sempre ao mesmo e não inovamos, não surpreendemos. Casamos com as palavras como casamos uns com os outros, prontos a ceder à rotina, ao hábito, ao institucional.
Hoje aprendi uma palavra em alemão e passei o dia a tentar encaixá-la em tudo o que dizia. Dêem-me um desconto, hoje foi um dia difícil no trabalho, tinha de arranjar um escape. Assim, para não me passar de vez, hoje andei mais desenfiada do que é hábito e a Florbela até chorou a rir com o que lhe disse, e isso soube-me bem.
E os mais próximos, desesperados como eu, optaram pela mesma via, e no meio do descalabro que hoje nos surpreendeu, soubémos rir dos caminhos errados, como se assim afugentássemos o medo de não dar a volta a mais esta situação.
Sim, eu sei, este texto devia ser imediatamente apagado, tal a sua falta de estrutura, mas este é mais um escape.
Mais uma hora e saio daqui.