26 de maio de 2008

da felicidade dos outros

Para sermos felizes, não basta vivermos obcecados com a nossa própria felicidade, até porque, para mim, sentimo-nos felizes quando vemos que aqueles que nos são queridos emanam o brilho da serenidade, do bem estar. Se assim não fôr, corremos o risco de tocar o egoísmo.
A felicidade não é algo que possamos agarrar como uma folha que caí de uma árvore, é preciso lutar por ela, ultrapassar obstáculos, ponderar decisões e não olhar para o caminho que deixámos para trás para não corrermos o risco de nos arrependermos. É preciso chorar também. É preciso coragem. É preciso arriscar.
Os meus amigos não são muitos. Sempre fui muito reservada e cautelosa no que toca à amizade e por isso não tenho sofrido decepções nesse campo. Acho que é impossível ter-se muitos amigos. Amigos a quem podemos abrir a alma, a quem podemos dar um lugar no nosso coração, a quem nada pedimos, porque não é necessário. Eles estão sempre presentes, sabem ler e falar no silêncio.
Por isso, mesmo que não nos sintamos felizes, sorrimos por saber que essas pessoas estão bem, que a guerra da vida lhes deu tréguas. Por quanto tempo? Não interessa. Interessa que o sorriso voltou aos seus lábios e porque nos preocupamos com eles, também nós nos sentimos mais tranquilos. E sabemos que anseiam a nossa felicidade, que torcem por nós, e que mesmo nesses momentos, não nos esquecem. Assim são as minhas amizades.

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